Viver só. Estar só até à morte. Ninguém quer conhecer-nos
para nos amar.
Defendermo-nos sem uma falha de atenção. Fechar a porta com duas
voltas.
E vir então para a rua.
E ser quotidiano e medíocre.
E ser amável.
Que te ignorem, te suprimam, em que é que isso te pode
chatear? Está só, que estás bem.
Reinventa aí toda a razão de viver. Que os
outros sejam em público na grandeza para que nasceram. Não nasceste para isso.
E vai-os olhando como espectros de um outro mundo. Conseguires ausentar-te
totalmente e estares presente a ti próprio.
É quanto chega.
Sê todo em ti na exacta medida em que fores nada para os
outros.
Vergílio Ferreira
Desde que te mantenhas uma boa companhia de ti própria, estarás também em ti na exacta medida.
ResponderEliminarDepois e aqui para nós: Até o SÓ tem o ZINHO por companhia :))
Boa companhia tenho.
EliminarEu fujo do Zinho muitas vezes e fico Só...
Beijinho noname.:)
Gosto muito de mestre Virgílio (muito mesmo) mas nem ele se anulava tanto quanto aqui sugere -- a avaliar pela leitura dos Diários.
ResponderEliminarBoa noite, SdD.
Concordo, talvez tenha escrito isto numa fase mais solitária da sua vida, de revolta ou incompreensão.em que se sentisse nada para os outros!
EliminarDesamor talvez...
Bom Domingo Xilre.:)
Dá que pensar, Sandra.
ResponderEliminarApesar de muitas vezes nos podermos sentir sós, penso que nunca o estamos totalmente. Há sempre um último reduto de apoio, de cumplicidade.
Depois, julgo que boa parte da nossa auto-avaliação é balizada pela relação que estabelecemos com os outros.
Beijo e bom fim-de-semana
Somos sociais e procuramos sempre no outro o apoio, a palavra, o carinho para continuar.
EliminarBeijinho Isabel e bom Domingo.:)
Não amamos para viver, nem vivemos para amar.
ResponderEliminarSomos animais, quais cães desejosos de cumprir com o seu instinto. E o nosso instinto é carnal, demasiado carnal!
Somos animais sim, por isso vamos para a rua, somos carnais, quotidianos e erramos.
EliminarBoa noite Charmoso.:)