Fazer
amor não existe, porra , o amor não se faz.
O
amor desaba sobre nós já feito, não o controlamos - por isso o
sistema se cansa
tanto a substituí-lo pelo sexo, coisa gráfica,
aparentemente moldável.
Também
não era , fornicar, copular - essas palavras violentas com que
tentamos rebentar o amor.
Como
se fosse possível.
Como
se o amor não fosse exactamente essa fornicação metafísica que
não nos diz respeito
-
sofremos-lhe apenas os estilhaços, que nos roubam vida e vontade.
Eu
queria oferecer-te o meu corpo para que o absorvesses no teu.
Para
que me fizesses desaparecer nos teus ossos.
Inês
Pedrosa
O amor acontece.
ResponderEliminarBeijo, SD