Agora
não há razão que me acorrente à terra.
Bebo
a manhã por um copo sujo,
acreditando
talvez que ninguém envelhece em vão,
que
todas as batalhas me hão-de servir no futuro.
Mas
dentro de mim eu sei que quero desperdiçar-me,
gastar-me
nos gumes, nos arcos que me fundam.
Não
me pareço com nada,
não
me reconheço em lugar nenhum da casa.
Rui
Pires Cabral
Tenho muita dificuldade em interpretar e perceber textos mais cuidados, fruto dos muitos anos que passei na Dinamarca, país onde fui criado e educado até à maioridade, mas adoro ler-te! Escreves muitíssimo bem e lamento não ter metade do teu talento.
ResponderEliminarBeijinho e bom Domingo!
Temos sempre algo que nos agarre à terra, nem que seja o instinto de sobrevivência.
ResponderEliminarUm beijo carinhoso, Helena. :)