Nós somos um país de «elites», de indivíduos isolados que de repente se põem a ser gente. Nós somos um país de «heróis» à Carlyle, de excepções, de singularidades, que têm tomado às costas o fardo da nossa história. Nós não temos sequer núcleos de grandes homens. Temos só, de longe em longe, um original que se levanta sobre a canalhada e toma à sua conta os destinos do país. A canalhada cobre-os de insultos e de escárnio, como é da sua condição de canalha. Mas depois de mortos, põe-os ao peito por jactância ou simplesmente ignora que tenham existido. Nós não somos um país de vocações comuns, de consciência comum. A que fomos tendo foi-nos dada por empréstimo dos grandes homens para a ocasião.
Vergílio Ferreira 28 Jan 1916 / 1 Mar 1996
E daí para cá, não me parece termos mudado nada
ResponderEliminarNada mudou, parece até que piorou!
EliminarBeijinho pra TU.))
Assim somos, infelizmente.
ResponderEliminarVergílio é...nem sei dizer de tanto que gosto de o ler!
Beijos, Helena :)
De facto não somos um país de consciência comum!
EliminarO presente assim o demonstra.
Beijinho Maria.:)
Uma verdade absoluta, e assim irá continuar para a eternidade.
ResponderEliminarAssim é, infelizmente.
EliminarE não se afigura nenhum vento de mudança.
Beijo Jorge.:)
Palavras sábias de um visionário.
ResponderEliminarDizes bem: visionário e muito consciente da realidade social, que continua actual!
EliminarBeijinho GM:))
Somos um país que contabiliza no seu histórico múltiplas ocupações, que implicaram, na sobrevivência, múltiplas reverências. Percebe-se, assim, a herança da submissão, a ausência de costas direitas.
ResponderEliminarUm bom domingo :)