terça-feira, 12 de junho de 2012

Vestida de 11 horas


A morte chegou vestida de 11 horas
pontual e inegável.

Apareceu a saiu vestida de 11,05.
Com o seu fato,
presenteia os presentes e os ausentes.

Nem sequer escolheu a hora certa.
Sim, porque 11.05 não é hora nenhuma.

O sol deixa de sorrir nesse momento.
Até ele acha que não são horas...
Não é fatal, só triste e vazio de sorrisos.

Talvez já seja altura de passar para o lado de lá !

Ela tem sempre razão.
A morte.

HHoje

sábado, 2 de junho de 2012

...Talvez a Primavera.Uma pauta maravilhosa.


Sinto que lhe faltou tempo para concretizar mais uns sonhos, para realizar mais umas tarefas do dia a dia de que tanto gostava.
Disse-me que a fruta está pronta a ser colhida das árvores, os morangos junto à terra estão agora maduros e que pena deixá-los estragar.
O recheio da vida deste homem era a terra, será sempre a terra, sua preocupação contínua de uma vida já muito longa.
É uma terapia, eu sei, lidar com a terra,
quem tantos anos viveu e presenciou a morte e o sofrimento dos outros na sua profissão.

"As flores,
brancas....
vou plantá-las
na eternidade.

Não podem morrer."

E partiu,
para ser... "

Descansa em paz junto das flores que plantaste. 


Para sempre...

Farias hoje mais uma primavera pai.
HHoje