Somos
todos iguais na fragilidade com que percebemos que temos um corpo e
ilusões.
As
ambições que demorámos anos a acreditar que alcançávamos,
A pouco e pouco, a pouco e pouco, não são nada quando vistas de uma
perspectiva apenas ligeiramente diferente.
Daqui,
de onde estou, tudo me parece muito diferente da maneira como esse
tudo é visto daí, de onde estás.
Depois,
há os olhos que estão ainda mais longe dos teus e dos meus.
Para
esses olhos, esse tudo é nada.
Ou
esse tudo é ainda mais tudo.
Ou
esse tudo é mil coisas vezes mil coisas que nos são impossíveis de
compreender, apreender,
porque
só temos uma única vida.
JLP