sábado, 9 de maio de 2015

Esgares

Esgares da infância, pedaços de pensamento que surgem contrariamente ao real.
Infância quebrada, quebrada na noite pela morte.
Brincadeiras do mundo, pederasta comovido,  movido,  hasteado e lançado ao mar.
Que morte, que mote, que lhe hei-de chamar: Amor, Querer...
Surgem intemporais, estes amores, estes quereres visíveis.
Que me apanhem e me digam que morri.
Que me digam que sofri.
Que me digam que tamanho tenho eu.
Que me digam o quanto virei a ser amarga.
Que me digam que dose  de veneno terei de tomar para ter coragem 
e sentir o espanto nos olhos dos outros.
Que me digam o que será da comiseração na alma do insensível.

Agora vou parar, porque a infância voltou a estas paredes sem tecto, 
sem alicerces.


HHoje 2011

2 comentários:

  1. Eu digo...
    Eu digo que não sofras
    porque as coisas boas superam...
    Eu digo que não te olhos ao espelho
    porque somos do tamanhos que achamos
    e não do que vêem...
    Eu digo que és doce
    porque palavras tuas não são amargas...
    Eu digo que precisas da dose de coragem
    porque não existe pior do que ver lágrimas
    nos olhos daqueles que um dia fizeram sorrir...

    Quest...

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