domingo, 19 de julho de 2015

Três paredes alinhadas

Desassombro também me trespassa a alma
em noites quentes de verão.
Três paredes alinhadas e uma desassombrada
Quisera manter em linha a quarta parede de pedra caiada
Mas o sal do interior espalhou-se
e desordenadamente me  foi desnudando.
Rendi-me mas não me tolhi ao medo
nem ao segredo
O amor transpira na minha pele
nesta noite quente de verão.
Desnudo-me e rendo-me ao meu pensamento
como ao encanto das cigarras em pranto.


HHoje 2015

4 comentários:

  1. Que lindo, que maravilhoso poema:)))
    Deixo um beijinho com carinho.

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  2. Há paredes assim, porosas...

    Beijos, SD. :)

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  3. Há sempre qualquer coisa, como uma parede, em desalinho.
    Belo poema, Helena

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  4. E vi nas tuas palavras a nudez da tua alma :)
    Lindissimo SD
    beijos

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