sexta-feira, 22 de abril de 2016

O contrário do que fiz

- Espera, disse ele.
Ela esperou. Meses depois, continuava lá sentada. Com uma rosa ao peito, segredando um ‘amo-te’. Enquanto esperava, nasceram-lhe flores de laranjeira nos cabelos. Mas ninguém a tomou nos braços, lhe disse de novo que era bonita e lhe pediu beijos para acalmar a dor de dentes. 
- Espera, disse ele.
Não. Desta vez ela não esperou.
E o banco de jardim ficou vazio.
HHoje

3 comentários:

  1. Esperar demasiado também cansa...

    Beijinho!

    <3

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  2. o esvaziamento como passo evolutivo... agora é só voltar a encher :)

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  3. Haverá novas esperas, desta vez, com um encontro a cada vez.

    Beijos, querida SD :)

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